Viagens que Transformam
- M11 Marketing e Comunicação
- 16 de jan. de 2000
- 8 min de leitura
Atualizado: 16 de mai.
Noruega: uma travessia entre o sonho, a alma e a aurora
por Clelia Queiroz Gadelha

Colunista Clelia Queiroz Gadelha
Coordenador Editorial do livro O Novo Ser Humano: Mais Saúde Mental na Era Digital, Empresária, Mentora de Jornadas, Alquimista Ancestral, Escritora e Idealizadora do Instituto Soham.
Editorial Coordinator of the book O Novo Ser Humano: Mais Saúde Mental na Era Digital, Entrepreneur, Journey Mentor, Ancestral Alchemist, Writer, and Founder of Instituto Soham.
Como já contei no livro de minha autoria “Meu Ouro – Devolvendo ao Universo o que dele recebi”, demorei muito a começar a viajar, tive outras prioridades, filhos, trabalho, estudos. Porém, o dia que comecei não parei mais. Como brinca um dos meus filhos dizendo: - Mãe, você não sabe brinca de viajar!

Realmente, as viagens para mim são experiências de profundo autoconhecimento e trago na bagagem, sempre, grandes transformações. Portanto, elas são viagens longas, muitas vezes a destinos inóspitos, quase sempre não muito turísticos. Meus roteiros vão muito além de capitais, museus e restaurantes. Busco mergulhar na cultura, nas tradições, nas lendas e seus rituais, nas questões religiosas e espirituais e muitas vezes no misticismo que atravessa as gerações para conhecer melhor a história dos antepassados da região.
Costumo dizer que toda vez que desembarco em Guarulhos, pois moro em São Paulo, chego melhor, chego mais inteira. Sempre com mais conhecimento, tendo entrado em contato com conhecimentos ancestrais que sempre nos enriquece, que alimentam e aprofundam meu autoconhecimento. Gosto muito do título que me deram de “Alquimista Ancestral”, que traduzindo: é conhecer, estudar, se aprofundar em técnicas como os aromas, as ervas, a energia da natureza, os ensinamentos milenares dos chineses, dos hindus, egípcios, entre outros. E saber mesclar, integrar de acordo com a necessidade de cada um.
Voltando a Noruega, risos....
Todas as viagens que faço, quase todas sozinha, desde a escolha do destino, o planejamento do roteiro, detalhes do que conhecerem cada lugar, que tipo de transporte utilizar e a compra desse bilhete, hotéis, guias (quando indispensável), bem tudo que envolve a viagem até o desembarque do retorno é feito 100% por mim. Portanto, minha viagem começa literalmente na escolha do destino.
Claro que ao longo desses 20 anos tudo foi ficando muito mais fácil e mais rápido com todos os recursos da tecnologia. Viajo inclusive a países que não falo uma única palavra do idioma local.
Um grande sonho era ver a AURORA BOREAL, planejei, montei roteiros, estudei possibilidades por uns oito anos. Na ocasião, me sentia insegura por conta do idioma. Bem, em fevereiro de 2016 iniciei essa grande aventura.
Cheguei no aeroporto de Oslo a noite e fui direto a estação de trem, de onde partia na manhã seguinte de trem para seguir o roteiro por mim determinado. Os Fiordes da Noruega! Uma primeira parte de trem, depois um pequeno barco que passa por lindas paisagens em pequenas cidades até chegarmos a Bergen, de onde pegamos o navio e iniciamos o cruzeiro. Durante todo esse trajeto tivemos vários passeios opcionais com experiencias incríveis, como jantar ao estilo Vikings. E comemos com as mãos!
Destino: Tronsø. Onde encontraria com um grupo chefiado por Marco Brotto com todos seus muitos equipamentos, especialista em caçar “Aurora Boreal”. E ali começava nossa expedição de 8 dias na incrível caçada a aurora.
....Preciso contar que muitos anos antes tive um sonho daqueles que parecem reais, logo depois de um querido amigo falecer. O sonho se passava num lindo cenário, uma paisagem além de bonita era tranquila, serena, com uma grande ponte que tomava todo esse visual. Essa ponte fazia uma curva e eu caminhava sobre ela em direção a esse amigo que estava no outro extremo. Nessa caminhada eu era tomada por uma imensa paz. Era como se estivesse passando por um portal energético. Foi incrível. Não cheguei atravessar toda a ponte, portanto, não cheguei próximo ao amigo. Despertei e nunca, nunca esqueci do sonho, da imagem da ponte, nem da deliciosa sensação que trouxe de lá...
Enquanto pesquisava a Noruega e por onde andaria, constatei a imensa quantidade de pontes que lá existe devido ao seu relevo montanhoso e à presença de numerosos fiordes, que são estreitos vales formados pela água do mar em montanhas rochosas. Para conectar diferentes áreas, especialmente em áreas costeiras, é necessário construir pontes para superar essas barreiras naturais.
Imediatamente me veio o sonho e pensei: é muito provável que ‘minha ponte’ esteja lá.
Ok, me juntei ao grupo da expedição, onde fomos surpreendidos por auroras dançantes todas as noites em passeios inesquecíveis. Estivemos no tríplice fronteira: Noruega, Suécia e Finlândia. A emoção foi tão grande que me lembro de cair de joelhos perante o vislumbre da aurora em lagrimas.
Num certo momento conversei com nosso guia e contei sobre o sonho, a ponte e minha expectativa de talvez a encontrar por onde passássemos. Ele me ouviu, porém, tive a impressão de que não deu muita bola a história, também não insisti.
E a cada dia era um lugar diferente, uma aventura mais surpreendente que a outra. Num certo momento a minivan parou nosso guia desceu e diz: Clelia vem aqui (estou emocionada de relembrar esse momento). Sem entender, o segui caminhando na neve, estava amanhecendo, e ele pede que eu olhe numa certa direção. Minha respiração parou, cai em prantos. ERA A MINHA PONTE. Inacreditável. A única diferença é que na paisagem tinha muita neve, risos.
A ponte levava a uma pequena vila chamada Sommarøy, atravessamos a ponte, de carro, o frio era imenso.
Bem, a viagem estava no fim e eu havia reservado cinco dias para conhecer Oslo. Não tive a menor dúvida, cancelei Oslo e me hospedei na única estalagem de Sommarøy pelos cinco dias.
Foi uma experiencia única. Atravessava a ponte todos os dias, a sensação enquanto ia em direção a cidade era como se voltasse ao mundo real e quando atravessava de volta era como se estivesse indo ao encontro de mim mesma. A experiencia foi um profundo mergulho no silencio e na conexão com o divino.
Não encontro outras palavras para descrever isso.
Abraços,
Clelia Queiroz Gadelha
Redes Sociais: @cleliagadelha
Divulgação: M11 Marketing e Comunicação
Trips That Transform
Norway: A Journey Between the Dream, the Soul, and the Aurora
As I shared in my book “Meu Ouro – Devolvendo ao Universo o que dele recebi” (My Gold – Giving Back to the Universe What I Received from It), I took a long time to start traveling. I
had other priorities—children, work, studies. But once I started, I never stopped. One of my sons even jokes:“Mom, you don’t know how to travel casually!”
Indeed, traveling for me is an experience of deep self-discovery, and I always return transformed. My trips are often long, sometimes to remote and less touristy destinations. My itineraries go far beyond capitals, museums, and restaurants. I seek to immerse myself in the culture, traditions, legends, and rituals—spiritual and religious matters, and often the mysticism passed down through generations to better understand the history of the region’s ancestors.
I always say that every time I land back in Guarulhos (as I live in São Paulo), I return better—more whole. I come back with more knowledge, having accessed ancestral wisdom that enriches me and deepens my self-awareness. I love the title I was once given: “Ancestral Alchemist,” which essentially means learning and going deep into techniques involving aromas, herbs, nature’s energy, and ancient teachings from the Chinese, Hindus, Egyptians, among others—and knowing how to mix and integrate them according to each person’s needs.
Now, back to Norway… (laughs)
I plan all my trips alone—from choosing the destination to organizing the itinerary, deciding what to explore in each place, picking the means of transportation and booking the tickets, hotels, and (when absolutely necessary) guides. Every detail until the moment I return is entirely handled by me. So for me, the journey begins the moment I choose the destination.
Of course, over these 20 years, things have become much easier and faster thanks to technology. I even travel to countries where I don’t speak a single word of the local language.
One of my biggest dreams was to witness the Northern Lights. I planned, created itineraries, and studied options for about eight years. At the time, I felt insecure because of the language barrier. Well, in February 2016, I embarked on this great adventure.
I arrived at Oslo Airport at night and went straight to the train station, where I would depart the next morning according to the route I had planned. The Norwegian Fjords! The first leg was by train, then a small boat through stunning landscapes and small towns until we reached Bergen, where we boarded the cruise ship. Along the way, we enjoyed several optional tours with amazing experiences—like a Viking-style dinner. Yes, we ate with our hands!
Final destination: Tromsø, where I met a group led by Marco Brotto, a Northern Lights expert with all the necessary equipment. That marked the beginning of our 8-day expedition in search of the magical auroras.
…I need to share that many years before this, I had a vivid dream shortly after a dear friend passed away. The dream took place in a breathtaking and serene setting. A large bridge spanned the entire scene, curving gently as I walked across it toward my friend, who stood on the other side. As I walked, I was overcome by a deep sense of peace, as if passing through an energetic portal. It was incredible. I never reached the end of the bridge or my friend, but I woke up with the image and that peaceful feeling etched in my memory.
While researching Norway and planning my route, I discovered the country’s countless bridges, built to connect mountainous terrain and fjords—those narrow sea-filled valleys nestled in rocky mountains. Especially along the coast, bridges are essential to overcome these natural barriers.
Immediately, my dream came to mind, and I thought: It’s very likely that my bridge is there.
So, I joined the expedition group. We were blessed with dancing auroras every night on unforgettable outings. We even reached the triple border where Norway, Sweden, and Finland meet. The emotion was so overwhelming that I remember falling to my knees, crying in awe as the aurora appeared.
At one point, I shared my dream about the bridge with our guide and how I hoped to find it. He listened but didn’t seem to take it too seriously—and I didn’t press the matter.
Each day brought a new location, each adventure more surprising than the last. One morning, the minivan stopped, and the guide stepped out, then called me:“Clelia, come here.”(I’m emotional just recalling this moment.)Without understanding, I followed him, walking through the snow as dawn was breaking. Then he pointed in a certain direction and asked me to look.
My breath caught. I broke down in tears. IT WAS MY BRIDGE.Unbelievable.The only difference was the snow—lots of snow! (laughs)
The bridge led to a small village called Sommarøy. We crossed it by car—it was freezing cold.
The trip was nearing its end, and I had reserved five days to explore Oslo. I didn’t hesitate for a second. I canceled Oslo and booked a stay at the only inn in Sommarøy for those five days.
It was a one-of-a-kind experience. I crossed the bridge every day. Walking toward the village felt like returning to the real world, and crossing back felt like journeying inward—to meet myself. It was a deep dive into silence and a sacred connection with the divine.
There are no other words to describe it.
Warm Regards,
Clelia Queiroz Gadelha

M11 Marketing e Comunicação
Construímos brands conectados às tendências. Uma agência full service que atua, desde 2004 colecionando resultados positivos para seus clientes.
Há quase 20 anos, somamos nossos esforços para o sucesso das áreas de planejamento estratégico, comunicação, imprensa e eventos com foco em marketing para empreendedorismo.
Descubra os nossos tons!
Quem somos e o que fazemos!
11 98170-9965
Comments